MADONNA IN RIO: Show já é chamado de 'suposto', 'possível', 'quem sabe…'

Todos estamos apreensivos quanto ao possível (olha aí!) show de Madonna no dia 4 de maio, na praia de Copacabana. Nesta altura do campeonato, ninguém mais duvida de que tal show foi realmente idealizado e devidamente proposto aos possíveis envolvidos — de patrocinadores até a própria artista - e que todos parecem ter topado a empreitada. Sendo assim, não dá mais para tratar o show de Madonna no Rio como mero boato. Não é. Até aí, estamos combinados? Beleza.
O que tem deixado muita gente desconfiada é a maneira pouco ortodoxa para comunicar um evento desta escala. Até agora não houve um anúncio oficial, o que é inusual para um show desta magnitude. Tal vácuo de informações tem preparado o terreno (“pavimentado o caminho” é o cacete, como diria Ancelmo Gois) para as teorias da conspiração mais estapafúrdias. E aqui segue um breve resumo das besteiras que tenho sido obrigado a ler web abaixo, ou no meu WhatsApp, que às vezes parece uma “ouvidoria” de “all things Madonna”.
“Ela pediu R$ 3,5 milhões a mais porque ficou chateada com o vazamento”. Amigos, é improvável imaginar que o motivo para um alegado valor adicional tenha sido motivado por um vazamento prematuro de informações. Ainda que não saibamos os detalhes dos bastidores desta negociação, há peças do quebra-cabeça que não parecem se encaixar muito bem.
“Foi montada uma operação para conquistar novos patrocinadores para inteirar (seriously? A palavra é “inteirar”?) o montante. Uma cervejaria já entrou na vaquinha”. Pelo amor de Britney, amigos. Um evento deste tamanho chega na mesa de possíveis patrocinadores pesos-pesados meses antes de acontecer. Teria feito sentido dizer isso em novembro. A um mês e poucos dias do show, tal boato fortalece uma sensação de amadorismo incompatível com a indústria na qual a artista em questão se insere.
“Ela ainda não assinou o contrato”. OK, esta afirmação tem circulado bastante. E com o aval do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que repostou nas suas redes uma matéria do "Valor", assinada por Paula Martini, que reforça esta tese. É possível, ainda que improvável. Ninguém deixa para “assinar um contrato” para uma mega apresentação às vésperas da noite do show.
Por outro lado, a mesma matéria responde uma outra pergunta que não queria calar, como diria Artur Xexéo. A produtora que estaria por trás de tudo seria a Bonus Track, chefiada pelo experiente Luis Oscar Niemeyer, que trouxe Paul McCartney ao Brasil ano passado. Uma boa notícia, eu diria. Niemeyer é um produtor conhecido, competente e capaz de realizar grandes espetáculos.
A colunista Fábia Oliveira, do Metrópolis, publicou uma nota afirmando que o anúncio oficial do show acontecerá, enfim, na terça-feira, dia 19. Estarei na torcida para que também sejam revelados o conteúdo do show. Será mesmo a "Celebration tour"? Será mesmo no dia 4? Uma coisa é certa: a Festonna, no Galeria Café, marcada também para o dia 4, já está sendo produzida.